A Supervisora e o Novato Dotado
Naquela manhã de quarta-feira, como tantas outras, Valesca entrou no galpão com a leveza de quem conhece cada sombra, cada sussurro de roda de caminhão e cada olhar furtivo que percorre os corredores da logística. Era uma mulher de curvas discretas, cabelos loiros que pareciam dourados sob a luz do sol que atravessava as janelas altas, e uma maneira de andar que misturava segurança e provocação sem que ela precisasse dizer uma única palavra.
Seu uniforme, porém, havia sofrido uma pequena — e proposital — transformação. A calça ajustava-se ao movimento suave de seus quadris, a blusa moldava-se ao contorno dos seios pequenos como se tentasse esconder um segredo. E por vezes, o tecido dançava sobre a ausência de um sutiã, convidando olhares. Era uma arte. Um jogo. Um chamado silencioso que ecoava mais longe do que ela imaginava.
Entre os novos funcionários, havia um rapaz chamado Pedro. Jovem, magro, com olhos verdes que pareciam sempre rir de algo que só ele entendia. Tinha um jeito quieto, mas os olhos o traíram. Valesca reparou nele logo no primeiro dia. Não pela beleza, mas pela forma como ele se movia: como se soubesse que estava sendo observado, mas não se importasse. Até parecia gostar.
Ela o provocou uma vez. Nada óbvio. Um sorriso, um movimento proposital ao ajeitar os cabelos, um toque quase acidental em seu braço ao passar por ele. Pedro corou. E não foi um simples rubor. Foi um fogo que subiu pelo pescoço até tingir suas orelhas. Ela viu. E, mais do que isso, sentiu.
Naquela mesma tarde, ao saírem do trabalho, ele a chamou. Sua voz era suave, mas firme.
— A senhora quer tomar um café?
Valesca sorriu, como quem já sabia o que viria.
— Hoje não posso, Pedro. Tenho um compromisso em casa.
Ele não se abalou. Pelo contrário. Sorriu de volta, com o olhar de quem já estava um passo à frente.
— E amanhã? Podemos acordar mais tarde. Ou mais cedo.
Ela riu. Um riso baixo, quase rouco. E aceitou.
Na noite anterior, Valesca tomou um banho demorado. A água quente relaxava seus músculos, mas sua mente fervilhava. Depilou-se inteira — não deixou um fio sequer. Sentia-se como uma deusa antiga, preparando-se para um ritual sagrado. Quando seu marido a viu, beijou-a com desejo, ajoelhou-se e a lambeu com carinho, murmurando palavras quentes e molhadas em sua pele.
— Você está tão molhada...
Ela fechou os olhos. Pensou em Pedro. Não disse nada.
No dia seguinte, saiu de casa antes que o sol nascesse. O céu ainda era cinza, e o ar fresco da manhã beijava sua pele através da janela do carro. Ele estava lá, encostado em seu veículo, usando um short curto e uma camiseta regata que deixava à mostra os ombros magros. Sorriu quando a viu e, sem perguntas, ela entrou.
O apartamento dele era simples, mas limpo. Um cheiro de amaciante e algo mais — talvez nervosismo. Entraram e o silêncio se fez denso. Ele foi o primeiro a se mover. Aproximou-se devagar, como quem teme assustar uma ave. Tirou sua blusa com cuidado, beijou seus ombros, seus seios, e então, com dois dedos, tocou-a entre as pernas. Valesca soltou um suspiro longo, quase um gemido contido. Estava molhada. Pronta.
— Você veio preparada — ele sussurrou, os olhos brilhando.
Ela não respondeu. Apenas o puxou para o quarto.
Na cama, ele foi mais ousado. Beijou-a com fome, mas sem pressa. Sua língua deslizou por seu corpo como se estivesse explorando uma terra nova. Quando chegou à vulva, beijou-a como se fosse um poema. Valesca arqueou as costas, agarrou os lençóis, e gemeu baixo. O prazer crescia em ondas lentas, como o mar em movimento.
Ela virou-se, guiou-o até a posição que queria. Queria vê-lo. Queria tocá-lo. Queria sentir o peso de seu corpo sobre o dela.
Pedro era grande. Não apenas pela juventude, mas pelo tamanho de seu desejo. Quando o tocou, sentiu o calor pulsar em sua mão. Era grosso, longo, e a cabeça, arroxeada, brilhava com uma gota de prazer antecipado. Levou-o à boca, mas não conseguiu engoli-lo todo. Lambeu, chupou, fechou os olhos e sentiu o gosto dele. Salgado. Doce. Puro.
Ele gemeu. Puxou-a pelos cabelos, gentilmente.
— Anda, Valesca. Quero te sentir.
Ela subiu sobre ele, devagar. Sentiu o pênis deslizar para dentro de si, alargando-a, enchendo-a. Respirou fundo. Moveu os quadris. Ele agarrou seus seios, beijou seu pescoço. O movimento foi se acelerando. Ela era quem ditava o ritmo. Ele, apenas, acompanhava.
Quando gozou, foi com um suspiro profundo. Um gemido que não era exatamente de prazer, mas de entrega. Valesca o sentiu pulsar dentro de si e sorriu.
Mas não era o suficiente.
Levantou-se, e ele a guiou até a sala. Colocou-a de quatro sobre a cadeira. Sua bunda, redonda e lisa, era um convite. Ele lambeu seu clitóris, depois passou a língua por entre as nádegas, até alcançar o ânus. Valesca arrepiou-se toda.
— Você gosta disso, não é?
Ela não respondeu. Apenas moveu os quadris, como quem pede mais.
Ele passou o pênis lubrificado pela entrada traseira, esfregando, provocando. Ela sentiu a pressão, o desejo, e então, com um movimento lento e firme, ele entrou.
Valesca gritou. Um som baixo, abafado. Era prazer e dor entrelaçados. Ele começou a se mover. Devagar. Profundo. Cada estocada parecia chegar a um lugar que ela nem sabia que existia. Gozou novamente. E ele, logo em seguida.
Mas o dia era longo. E os corpos, insaciáveis.
Ficaram ali por horas. Descansavam, beijavam-se, falavam em sussurros. Depois recomeçavam. Valesca sentia-se viva de uma forma que há muito não sentia. Livre. Dona de si. Dona dele.
Quando voltou para casa, seu corpo doía de leve. Sua pele estava marcada por beijos e mordidas. Seu cheiro era outro. Seu marido a esperava, como sempre. E como sempre, ele percebeu.
— Você transou hoje — disse, enquanto a beijava.
Ela não negou. Apenas sorriu.
— Talvez.
Ele a agarrou com força. E a noite recomeçou.
Nos dias seguintes, Valesca e Pedro se encontraram mais três vezes. Em cada uma delas, o desejo era maior. O jogo, mais ousado. O prazer, mais profundo.
Ela não sabia se era amor. Talvez nem quisesse saber. Mas naqueles momentos, enquanto o mundo girava lá fora, ela era apenas prazer. Apenas mulher. Apenas Valesca.
E isso, por ora, era mais do que suficiente.




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