Entre Nicknames e Gemidos

 
Eram quase onze da noite. A casa estava silenciosa, o mundo lá fora murmurava num compasso lento, e eu, inquieta, vagueava entre abas abertas e conversas incompletas em uma sala de bate-papo qualquer.
 
Usei um nome direto, talvez ousado demais: QUEROSEXOAGORA. Não havia mais espaço para jogos, só para vontades latentes. As respostas eram tímidas ou distantes — quase todas esbarravam no relógio e na preguiça. Mas meu corpo não sabia esperar.
 
Foi quando encontrei MORENOQUERSEXO. As palavras fluíram rápidas, quentes. Ele parecia decidido, disse que tinha carro, que viria. Meu coração disparou. Mas, antes que me passasse a certeza de sua chegada, a conexão dele caiu — e com ela, minha excitação se esfarelou por instantes.
 
Frustrada, entrei em outra sala. Lá, um novo nick: QUEROFODAREAL. Direto, sem poesia — mas, naquela hora, talvez fosse o que eu precisava. Trocamos poucas palavras e ele revelou que estava perto. Uma nova fagulha reacendeu em mim.
 
Minutos depois, ele me ligou. Pela janela, vi a moto estacionar e um homem de postura firme, barba rala e cabelos claros. Nossos olhares se cruzaram. Abri a porta sem hesitar. Ele entrou como se o desejo abrisse caminho.
 
Sem cerimônias, me puxou pela cintura, seus lábios invadiram os meus, e suas mãos exploravam com fome. Por cima da camiseta, seus dentes provocaram meus seios já sensíveis, e sua excitação latejava contra meu ventre.
 
Minhas mãos buscaram seu prazer. Soltei o tecido, libertei sua rigidez e o masturbei enquanto sentia o calor do momento nos consumir. Já sem roupas, sentei sobre seu colo. Seu sexo roçava em mim, faminto. A cada beijo, a tensão aumentava.
 
Com a camisinha já à espera na mesinha, me levantei e a coloquei nele com mãos ávidas. Ele me despiu sem cerimônias, seus dedos encontraram minha umidade sem esforço. Me posicionei sobre ele. O toque da glande em mim fez meu corpo suspirar. Era grosso, não imenso, mas preenchia.
 
Desci devagar, sentindo tudo. Ele mamava meus seios, como se precisasse de mim com a boca, com o corpo todo. Comecei a cavalgar com ritmo e prazer, seus gemidos me chamavam de minha, quente, intensa.
 
Virei de costas, me encaixei novamente. Ele segurava meus seios, puxava meu cabelo, e eu sentia a força dele contra a minha carne. Suávamos juntos. Nossos corpos conversavam em silêncio.
 
Depois, no tapete da sala, ele veio por cima. Seu ritmo era firme, crescente. Ele me olhava como quem confessa algo sem palavras. O prazer nos dominava.
 
Quando senti que ele estava prestes a gozar, pedi que não parasse. Me entreguei. Gozamos juntos, em suspiros e palavras soltas, entre beijos ofegantes e promessas que jamais seriam cumpridas.
 
Ele caiu sobre mim, exausto, corpo mole e quente. Nos separamos devagar, e eu o levei ao banheiro. Lavamos nossos restos de desejo com calma e riso leve.
 
Naquela madrugada, não houve romance, nem juras. Mas houve algo cru, verdadeiro.
 
No dia seguinte, meu corpo ainda lembrava. Inchado, sensível, pulsando no silêncio da ressaca do prazer.
 
E mesmo que nunca mais tenha acontecido, valeu cada segundo daquela loucura sem nome.

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