De Quatro Sob a Luz da Academia
A noite estava quente — daquelas em que o ar parece colar na pele como seda molhada, e cada passo carrega o peso do que ainda não foi dito.
Isadora saíra da aula com o corpo ainda pulsando da corrida, dos saltos, dos alongamentos que a faculdade de Educação Física exigia. Vinte anos, cabelos soltos, blusa branca que deixava escapar a sombra rosa do sutiã, e uma calça justa que abraçava cada curva como se soubesse o que estava por vir.
Ela não queria mais ser a menina do namoro seguro, das noites previsíveis, dos beijos sem surpresa. Tinha terminado há pouco, e algo nela havia despertado: uma fome discreta, mas insistente. Não era só de toque. Era de possibilidade. De risco. De ser vista — e desejada — como uma mulher inteira, não como metade de um casal.
No bar, entre risos e goles de cerveja gelada, Thiago a puxou para dançar. Ele era alto, silencioso nos olhares, mas intenso nos gestos. Quando a música abaixou, ele a levou para um canto onde as sombras eram mais densas, e o ar, mais íntimo.
— Você mudou — ele disse, os olhos passeando por ela como quem lê um poema proibido. — Está... mais presente. Como se finalmente tivesse percebido o poder que tem.
Ela riu, mas por dentro, estremeceu. Porque ele não estava errado.
O beijo veio como uma tempestade anunciada: quente, demorado, com gosto de cerveja e promessa. Quando se separaram, ele precisou se afastar, ajustar o que o tecido já não continha. Ela viu. E sorriu. Não com malícia, mas com intenção.
— Vamos para um lugar mais calmo? — ela sussurrou, a voz um fio de seda molhada.
Ele concordou com os olhos.
A academia estava fechada, mergulhada em silêncio e cheiro de borracha e suor antigo. O tatame, frio no início, logo se aqueceu sob os corpos. Thiago tirou a camisa com calma, como quem desembrulha um presente. Isadora, sem hesitar, agarrou seu pescoço e puxou-o para si. Os seios livres, expostos à luz fraca, receberam a boca dele como se fossem altar. Eram adorados — lambidos, sugados, mordiscados com devoção. A mão dele desceu, explorando, encontrando-a já úmida, já pronta, já implorando.
Quando ele se despia por completo, ela prendeu a respiração. Não era só o tamanho — era a presença. Como se cada veia, cada contorno, soubesse exatamente o que fazer com ela.
Ajoelhou-se. A boca, então, tornou-se templo. Ele gemeu, segurou seus cabelos com carinho, não para dominar, mas para guiar. Quando a puxou de volta, foi com olhos escuros de desejo e um sorriso torto.
— Deita — ele ordenou, suave como um sussurro.
Ela obedeceu.
Sentiu as mãos dele abrindo suas pernas, depois suas nádegas. A calcinha rosa — a mesma que combinava com o sutiã — foi puxada com lentidão ritual. Ele a colocou sobre sua boca.
— Só tira quando eu mandar.
Ela fechou os olhos.
A língua dele veio antes do membro. Deslizou pela dobra mais íntima, pela pele mais proibida, como quem prova mel em colher de prata. Isadora arqueou as costas, os dedos cravando no tatame. O som que escapou foi abafado pela seda da própria calcinha — um gemido engolido, mais erótico por ser contido.
Ele passou o membro entre suas pernas, roçando, brincando, molhando-se nela.
— Está toda molhada — murmurou, quase para si. — Sabia que esse lugarzinho aqui — e tocou levemente o ponto mais tenso — era delicioso.
Ela balançou a cabeça, fingindo negar. Mas o corpo gritava sim.
Então veio a invasão — firme, certeira, avassaladora. Um grito abafado escapou. Dor? Sim. Mas logo diluída em prazer, em calor, em plenitude. Ele entrava e saía com ritmo de maré, as mãos mantendo suas nádegas abertas, o suor dele pingando entre elas como orvalho proibido.
Quando o dedão dele tocou ali, ela quase pulou. Mas não fugiu. Pelo contrário — empurrou-se contra ele. Ele riu, baixo, rouco.
— Quer que eu coma esse lugar, não é?
Ela tirou a calcinha da boca, virou o rosto, ofegante.
— É virgem — confessou, como quem entrega uma chave. — Nunca dei. Nunca ninguém... assim.
Ele parou. Olhou para ela com algo novo nos olhos — não só desejo, mas cuidado.
— Vamos devagar — prometeu. — Deita em cima de mim. Você no comando.
Ela montou nele com reverência. Uma mão guiando o membro, a outra apoiada em seu peito largo, pulsante. A cabeça dele encontrou a entrada apertada, delicada. Ela prendeu a respiração. O primeiro estirão foi quase insuportável — um rasgo de luz no escuro. Depois, veio a rendição. O corpo cedeu. O prazer, então, explodiu em ondas.
Ela rebolou. Ele a segurava pelos quadris, ajudando, admirando. O som das bolas dele batendo em sua carne ecoava no silêncio da academia como um tambor primitivo. Gozou gritando — um grito livre, sem calcinha para abafar.
Thiago a virou de novo, colocou-a de quatro. Entrou por trás com maestria, com fome, com adoração. Cada estocada era um verso. Cada gemido dela, uma rima. Gozou de novo — e ele logo depois, inundando-a com um calor que escorreu por suas coxas como mel derretido.
Ficaram assim, em silêncio, até o mundo voltar.
Na semana seguinte, Isadora andava diferente. Sentava com cuidado, sim — mas sorria sozinha no espelho. Havia descoberto algo: não era só o corpo que podia ser desbravado. Era o desejo. E ele não pedia permissão. Só coragem.
Ela não era mais a menina do namoro seguro.
Era a mulher que sabia — e escolhia — o que queria.
E isso, pensou, enquanto vestia outra blusa branca, era só o começo.




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