Entre Dois Toques e Uma Maré
A praia respirava silêncio. Apenas o mar rugia ao fundo, quebrando contra as pedras como se acompanhasse a tensão que crescia entre eles. A lua derramava seu brilho frio sobre a pele de Isabela, tornando-a ainda mais hipnótica. Miguel a observava em silêncio, incapaz de conter o turbilhão de excitação e ansiedade que lhe queimava as entranhas.
Havia meses que aquela fantasia rondava suas conversas. Palavras soltas na cama, meio riso, meio desafio. Mas agora não havia risos — havia realidade. E a realidade tinha cheiro de sal, suor e pecado.
O pescador se aproximou. Jovem, corpo marcado pelo trabalho, músculos úmidos de suor e mar. Seus olhos fixaram-se em Isabela, e ela sentiu o estômago revirar. Não de medo, mas de expectativa. O coração acelerou como se fosse explodir.
O primeiro toque foi no braço, leve, quase inocente. Mas o arrepio que percorreu sua pele anunciou o que viria. Miguel observava com olhos famintos, a mão já apertando o próprio sexo por baixo do tecido. O corpo da esposa reagia como fogo à chama: respiração curta, lábios entreabertos, a pele em brasa.
O beijo veio faminto, urgente. A boca do pescador tomou a dela, língua contra língua, gemidos abafados entre lábios entreabertos. Isabela agarrou-se ao pescoço dele, sentindo a rigidez do corpo que a prendia contra a areia fria. Seus seios se comprimiam contra o peito dele, os mamilos duros em contato com a pele quente.
As mãos dele exploraram-na com brutal delicadeza: apertando sua cintura, subindo pelos seios, roubando dela suspiros que ecoavam no ar noturno. Quando se ajoelhou diante dela, Isabela já tremia. Miguel, de pé, assistia como quem presencia um rito sagrado.
A boca quente encontrou o centro do prazer dela, e Isabela arqueou o corpo como se fosse quebrar. A língua do pescador a devorava, sugava, acariciava cada dobra sensível com intensidade precisa. Seus gemidos eram altos, livres, sem pudor. A cada movimento de língua, seus quadris se agitavam em desespero, e Miguel, enlouquecido, já se masturbava diante da cena.
Ela gozou contra a boca dele, gritando, deixando o corpo tremer em espasmos longos. Mas o pescador não parou. Segurou-a pelos quadris, abriu-lhe ainda mais, e em seguida a penetrou de uma vez, fundo, até estar inteiro dentro dela.
Isabela soltou um grito que ecoou pela praia. O tamanho dele a preenchia de forma quase dolorosa, mas deliciosa. Cada estocada era um choque de prazer bruto, cada investida fazia o corpo dela vibrar. Seus gemidos transformaram-se em gritos sufocados, enquanto Miguel, ao lado, tocava-se cada vez mais rápido, desesperado.
Não resistiu: aproximou-se e tomou-a por trás. O corpo de Isabela foi dividido entre dois homens, penetrada em uníssono, um na frente e outro atrás. A sensação era insuportavelmente intensa — dois ritmos, dois sexos pulsando dentro dela, dois prazeres que a rasgavam e a preenchiam ao mesmo tempo.
Ela gritou, arqueou as costas, agarrou a areia molhada com tanta força que as unhas se partiram. Seus orgasmos vinham em ondas incontroláveis, sacudindo seu corpo, arrancando gemidos longos e desesperados. O pescador a devorava com violência ritmada, Miguel a possuía com fome. Ela era deles e, ao mesmo tempo, mais dela mesma do que jamais fora.
Quando o clímax final os alcançou, os três se perderam em um frenesi de suor, gemidos e pele. Miguel gozou primeiro, enterrado nela até o fim. O pescador seguiu, jorrando com força dentro dela, enquanto Isabela se desfazia em mais um orgasmo prolongado, seu corpo convulsionando entre os dois.
Exausta, caiu sobre a areia, o peito arfando, a pele brilhando sob a lua. Miguel deitou-se ao lado, a respiração ainda pesada. O pescador a observava com um sorriso satisfeito, o corpo ainda rígido e latejante.
Isabela fechou os olhos, um sorriso de rendição nos lábios. Nunca antes sentira o prazer com tamanha violência e beleza. Sabia que, dali em diante, não haveria retorno.
Miguel também sabia. E, naquele silêncio final, o mar guardou para sempre o segredo daquela noite.




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